Recomeçar mas não mudar como eu fiz ou o que eu fiz. Isso pode soar como um baita apego ao passado, mas bem no fundo é uma pequena pontada de arrependimento por ter me afastado de coisas que eu amo fazer. Me afastei dos livros que queria ler por ter outros livros que precisavam ser lidos por obrigação, me afastei do blog para escrever meus trabalhos acadêmicos, me afastei do Instagram e meu hobby de tirar fotos aleatórias porque estava simplesmente atolada em uma pressão que eu mesma estava criando em cima de mim, loucura né? Mas essas coisas acontecem, e numa frequência assustadora. Confesso que passei algum tempo me culpando pelo descaso com tudo isso e pensando seriamente em desistir, abrir mão, mas como boa brasileira persistente, não vou.

Em vez de me pressionar a fazer tantas coisas eu vou tentar não me pressionar. Estar aqui deveria ser algo que me faz relaxar, seria a minha saída da vida caótica, e é esse o objetivo, sem pressão, sem obrigações, só o sentimento engraçado que eu tenho sempre que encaro o meu notebook e me desafio a escrever algo legal, mesmo que seja um punhado de palavras pessoais ao som de Ney Matogrosso. Sem tantas paranoias, fica aqui o aviso de que voltarei com o bloguinho e com o instagram, voltarei graças as férias tão esperadas após um semestre caótico (dica amiga, nunca pegue oito disciplinas em um único semestre), mas bastante gratificante.


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Recesso de fim de ano é sinônimo de jogar o dedinho no aleatório da Netflix e fazer umas maratonas frenéticas! A série da vez foi As Telefonistas, mais uma com o selo original Netflix que conquistou um espaço no meu coração. O primeiro episódio começa extremamente intrigante, uma jovem querendo fugir com sua amiga para a Argentina, mas uma reviravolta acontece e em vez de conquistar a sua liberdade, sela de vez a sua prisão nas mãos de um homem muito importante que obriga a nossa mocinha a fazer assaltos em troca de sua liberdade.

A trama se passa na década de vinte, somos transportados para uma época em que a sociedade era fortemente patriarcal e essa temática tem um espaço muito grande na série, visto que um dos objetivos é retratar a vida das mulheres naquela época, mostrando situações como a difusão do feminismo, direitos das mulheres, questões de gênero e sexualidade. A nossa mocinha é enviada para o assalto que deve garantir a sua liberdade, para isso terá que se infiltrar em uma companhia telefônica, o que deveria ser algo simples ganhou uma proporção enorme quando Lídia reencontra seu passado em Madrid.


Série de época já ganha a minha atenção apenas por esse detalhe, mas As Telefonistas conquistou meu coração com os personagens e as tramas que vão se enrolando e desenrolando ao longo dos poucos episódios lançados. Se você gosta do gênero romance e tem aquela quedinha por drama, se joga nessa série, todos os sentimentos possíveis e imagináveis serão causados. E quando eu digo gênero drama, quero me referir ao drama que só novela mexicana pode proporcionar, muitas intrigas, mentiras, amor... Particularmente amo isso. O único defeito que consigo apontar é a trilha sonora. Por ser uma série retratando a década de 20 eu esperava que a trilha sonora acompanhasse a época e isso não acontece. As músicas são atuais, o que no fim das contas acabava me causando estranhamento, por volta do terceiro ou quarto episódio acabei seguindo a playlist da série no spotify.


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