886 km

Voltando para 2008. Eu estava na quinta série, estudando em uma escola nova, ainda passando pela fase de adaptação, até que começou a ...



Voltando para 2008.

Eu estava na quinta série, estudando em uma escola nova, ainda passando pela fase de adaptação, até que começou a aula de história. A professora começou a falar sobre a formação da terra, logo no inicio quando ainda não havia oxigênio, aos poucos o assunto foi evoluindo e já estávamos falando sobre a Pangeia e tudo aquilo me deixava fascinada! Foi em uma dessas aulas incríveis que a professora falou sobre a Arqueologia. Foi uma sensação tão estranha, porque enquanto ela explicava o assunto, eu só pensava "É isso que eu quero para o meu futuro! Quero ser Arqueóloga!" Desde então, esse tem sido meu sonho supremo, meu grande objetivo que por muitas vezes acreditei que fosse impossível.

Não faltou quem dissesse "Mas você vai ter um emprego depois?" ou "Vai conseguir ganhar dinheiro com isso?" e como isso me desanimava! Nem consigo contar quantas vezes deixei esse objetivo de lado e tentei me convencer de que era melhor fazer Direito. Mas com o tempo, percebi que não adiantava sequer tentar esquecer toda a animação de cursar Arqueologia, e gostaria de deixar bem claro que nunca assisti os filmes do Indiana Jones! Então a real e grande pergunta no final das contas não era se eu iria ou não conseguir trabalhar nessa área, a pergunta que realmente importava era: Valia a pena sufocar essa vontade? Evidentemente a resposta foi um sonoro NÃO.

Com o tempo, consegui o apoio de quem realmente importava e no ENEM de 2016, eu finalmente usei minha nota para cursar Arqueologia e Preservação Patrimonial na Universidade Federal do Vale do Rio São Francisco, apenas 886 quilômetros de distancia da minha família, das minhas amizades, da minha acarajé, da areia cheia de conchinhas coloridas, do cheirinho que só o mar tem. Vou ter saudade, mas estarei muito feliz em começar a realizar meu grande sonho.

Ter o blog vai ser mais do que nunca um desafio. Conciliar os estudos, afazeres da casa e todo o trabalhinho gratificante que o blog dá, vai exigir tempo e organização, afinal, ninguém disse que seria fácil. O lado bom é que o blog vai ser um ótimo diário de bordo sobre as aventuras e desventuras de morar sozinha em outro estado.

Acho que foi uma ótima estreia do Apartamento 330, a nova coluna aqui do blog que abre espaço para falar sobre comportamento, sentimentos, as minhas futuras aventuras no Piauí entre tantas outras coisas! Não vou criar uma data fixa para esse tipo de publicação pois acho que deve fluir, sabe? Eu preciso sentir a necessidade de escrever sobre coisas pessoais, se bem que a empolgação de começar algo novo me deixa cheia de vontade de chegar aqui e digitar. Obrigada por fazer parte disso.

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