Um pouco do blogueiro em 8 perguntas | TAG
23 junhoMomento TAG 100% descontração, um oferecimento Nana do blog NanaView que me marcou. Obrigada por lembrar de mim para participar dessa interação. O bloguinho começou com a proposta de compartilhar minha opinião sobre coisas, mas não necessariamente sobre a pessoa que escreve. Com o tempo a pessoalidade foi ganhando mais espaço e tenho escrito de forma mais proseada, ainda sobre a minha opinião, mas envolvendo pessoalidades do offline. Meio egoico da minha parte? Talvez. Mas eu me peguei igualmente interessada na vida e na opinião alheia, como gosto de escrever fui ficando por aqui. E eu também sou meio boca de sacola, a estética da morena misteriosa ficou apenas nos livros que leio. Essa TAG é mais uma oportunidade para me apresentar com menos opiniões e mais constatações do eu, no caso eu mesma o CPF e não a persona Garota do 330 que existe por aqui há 10 anos.
Qual é a história por trás do nome do teu blog?
Quero começar dizendo que esse nome é fruto da minha versão 2015 totalmente apaixonada por um batom vermelho da marca O boticário, não havia nome da cor, apenas o número 330. Ele era mate com um efeito aveludado tão lindo, eu usava ele todos os dias para literalmente qualquer ocasião. No auge na minha criatividade achei que Garota do 330 seria um bom nome para o blog. Hoje em dia eu confesso que não gosto muito e já pensei várias vezes em mudar. O batom 330 ainda existe, mas a formulação mudou, então aquele batom maravilhoso de 2015 não existe mais, resta apenas uma garota que ainda gosta de batons vermelhos, e nunca encontrou um tão bonito quanto aquele. Sim, tem dez anos que eu ainda procuro um batom similar, e podemos entrar num dilema se a garota do 330 ainda existe ou é apenas uma memória. E você vê que não tem nada a ver com livros ou qualquer coisa que eu escreva aqui no blog, se a gente apelar e tentar ressignificar podemos compreender a persona da garota como alguém que não liga para o julgamento da sociedade e existe como quer, usando batom vermelho para ir à padaria e digitando uma pá de coisas na internet.
Quando, e como, surgiu a ideia de criar um blog?
Desde muito cedo sentia uma vontade de comunicar e registrar, fosse sentimentos em um diário ou longas conversas com amigos sobre um livro, série ou anime que tinha me feito companhia durante o fim de semana ou intermináveis álbuns de foto com a minha cybershot rosa. Na minha pré-adolescência os blogs eram algo muito popular e eu achava maravilhoso buscar esses espaços na internet para ler sobre temas que achava interessante, ao mesmo tempo que desenvolvia minha persona leitora também fui alimentando um lado mais autora de escrevivências e fui pegando gosto. Vi no blog uma plataforma com um formato muito abrangente e não exitei em criar um espaço virtual que é muito meu, mas também é de quem quiser chegar e tirar um tempo para ler.
Você tem, ou já teve, outros blogs além desse aqui?
SIM! Acredito que todo mundo que esta a muitos anos na blogosfera já teve vários blogs que foram abandonados e excluídos como no meu caso. E eu vou deixar um registro super cringe aqui como prova da era em que tive outro blog, e como o Garota do 330 é um caso de sucesso visual. Não me perguntem o significado disso, eu não lembro o que era esse clube e eu acredito que é tão vergonha alheia que meu cérebro apagou essa memória para me proteger de ter menos um daqueles momentos em que você lembra antes de dormir de alguma vergonha que passou há vários anos. Tudo que eu lembro disso é que eu estava aprendendo a mexer em programas de edição de foto.
Já pensou em criar para além dos textos para o blog?
Não só pensei como fiz/faço/fazia? Tenho uma relação de amor e ódio complexo com as redes sociais. Quando a era dos blogs deu uma queda e começou a ascensão do Instagram, eu fiz um perfil para o blog lá e comecei a produzir conteúdos literários, mas nunca me dei bem e hoje em dia eu não me forço mais a produzir nada para as redes sociais apesar de manter ativo tanto o Instagram quanto o TikTok, postando só quando eu quero e como eu quero, sem grandes pretensões. Eu acho que tem coisas que o audiovisual consegue comunicar melhor que o escrito, mas tem coisas que só escrevendo para organizar as ideias e extravasar. E eu já disse em outras publicações aqui no bloguinho que o público que consome blog é um pessoal que tá mais aberto a experiência de imersão do conteúdo, nas redes sociais as coisas estão rápidas e superficiais demais e isso não combina muito com o processo criativo que eu tenho. Em contrapartida, eu tenho tido vontade de fazer coisas diferentes aqui no blog, envolvendo a retomada de publicações sobre música e a aba "apartamento 330" no menu onde eu costumava publicar textos pessoais e pseudo poesia.
Você se inspira em algum outro blog? Se sim, qual ou quais?
Eu tenho o melhor blogroll da blogosfera, não sei se vocês já repararam essa página na lateral do blog. Tô sempre atualizando com blogs que eu tento visitar semanalmente para acompanhar e tem uma diversidade de temas interessantes, apesar da maioria conversar mais com a temática dos livros. Eu busco inspiração em tudo que vejo, anoto ideias e pensamentos que brotam no dia a dia e eu posso afirmar com toda certeza que nesse último ano de retorno ao blog eu mudei bastante a forma que eu penso o conteúdo aqui, em vez de ser uma coisa mais impessoal e abstrata, tenho escrito de forma mais proseada, compartilhando minha opinião só que menos polida, com mais referências e processos de reflexões. Esse tom de pessoalidade e até os "resumões" mensais que tenho feito são frutos de encantos por blogs como: Nana View, PorceLana, Ground control to major confusion, Litorais, Antique Faerie e Just Me que sempre trazem um olhar pessoal para as coisas e conversam com vivências cotidianas que me fazem refletir sobre bastante coisa, e aí mora a diferença entre conteúdos em blog e em redes sociais, enquanto a maioria dos vídeos que vejo não duram sequer um minuto na minha memória, eu passo dias pensando sobre o que li nesses blogs.
De que maneira a blogosfera influenciou a sua vida fora do digital?
Definitivamente eu passei a me expressar melhor. Uma das minhas dificuldades no começo do blog era pensar em como estruturar um texto informativo com a minha opinião poderia ser desafiador. Apesar de ter uma opinião formada sobre o assunto, transmitir ela era outra coisa. Com a constante de escrever para o blog consegui criar uma habilidade de estruturar de forma coesa um texto e isso foi um sucesso na minha vida acadêmica. Outro ponto que eu não posso deixar de reconhecer é que eu sempre fui tímida, e ainda sou um pouco, mas a exposição controlada na internet me fez ficar mais soltinha e desenvolta, com menos receio de expor minha opinião.
O que diria para alguém adentrando a blogosfera?
Bem-vindo. A internet não precisa ser um lugar tenebroso, faça a sua contribuição trazendo uma perspectiva diferente e se divirta com o processo. No começo pode parecer meio solitários e desafiador, mas se você está em busca de um espaço para se expressar, a blogosfera pode ser uma caixinha de surpresas.
Complete a frase: "Para mim, a blogosfera é..."
Criatividade. Tanto a expressão da própria criatividade como o consumo da criatividade alheia, seja com reflexões, recomendações, fotografias, códigos, poesia... De um tudo você encontra na plataforma e não tem como você fica entediado. Espero que essa leva de pessoas cansadas das redes sociais façam o pessoal notar que existem espaços virtuais incríveis por aí esperando para serem lidos.
Para manter a corrente da TAG, eu preciso indicar dois blogs para entrarem na brincadeira e eu passo essa missão para a Juliana do blog Ju's reads e para a Giovana do blog Dei um jeito, dois lugares que eu tenho visitado bastante nos últimos tempos, vai ser legal ler sobre vocês e a trajetória de vocês na blogosfera. Se mais alguém quiser participar é só entrar no rolê e replicar a TAG, fiquem à vontade.
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