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Entre as Estrelas | Resenha
01 julhoNoventa minutos... Num futuro não muito distante, duas pessoas se encontram... É a história clássica de um homem que conhece uma mulher. Ou quase isso. Para Carys e Max resta apenas uma hora e meia. Depois disso, é provável que nã sobrevivam. O tempo está passando...
Uma sinopse bem curta e intrigante, assim como o primeiro capítulo que situa o leitor no presente da história, um casal perdido no espaço, algo aconteceu com a nave e os dois estão caindo no vácuo com noventa minutos para tentar voltar a nave. A leitura desse primeiro capitulo me fez torcer o nariz para a leitura, afinal, que porra é essa? O que tá acontecendo? Nessa curiosidade segui para o capítulo dois que mostra o passado, e o livro vai se alternando nessa forma, as voltas ao passado faz aos poucos o leitor se situar na história e as dúvidas vão virando aos poucos grandes e longos "Aaaaaah tá".
O livro tem como plano de fundo uma realidade distópica futurista, os Estados Unidos entraram em guerra com o Oriente Médio causando um enorme estrago com a distruição parcial do planeta. A Europa banca uma de Suíça e não se mete na confusão, isso faz com que o continente evolua tecnologicamente, e após a guerra, iniciam o que chama de Utopia, um modelo de governo que preza pelo individualismo, fazendo com que coisas como família e religião sejam secundárias na vida dos cidadãos. Desde cedo são apresentados ao ciclo de Rotação, onde cada cidadão é designado a viver durante três anos em um local aleatório. E em uma dessas rotações Carys conhece Max, um rapaz divertido que acredita fielmente no sistema em que vivem. Carys é pilota, seu sonho é conseguir atravessar o cinturão de asteroides que passou a envolver a Terra, impossibilitando as missões espaciais.
Fica bem claro desde o início que o livro é um romance, e claro que o sentimento entre os dois é recíproco, mas impossível. Uma das regras da Utopia é a regra dois casais, que fica permitido a união e rotação em família apenas por pessoas com 35 anos, e tanto Carys como Max tem 25. Rola quebra de regras sim se não o livro não teria prestado. Deu para perceber que depois que eu entendi o governo regente e me apeguei aos dois personagens principais passei a ficar grudada na leitura até finalizar. E a curiosidade para descobrir como eles foram parar no espaço só ia crescendo com o passar das folhas! Foi uma leitura muito gostosa de fazer e em alguns momentos fiquei muito reflexiva sobre o livro realmente falar de um futuro não tão distante.
Observando num geral eu não encontro um defeito na leitura, o final é bem interessante, a autora meio que brinca com as possibilidades de final e eu consigo perfeitamente imagina-la sem saber como finalizar tudo e acabando por explicar de certa forma o fim clichê. A capa do livro é linda e enche os olhos de qualquer um numa livraria, mas, se você for dos leitores que morre um pouco a cada erro de digitação e falha na revisão, pode ler segurando seu coraçãozinho, porque eu que sou super desatenta a isso, notei vários momentos em que deram uma escorregada na concordância e digitação. Acabaria classificando Entre as Estrelas como um romance curador de ressaca literária, porque consegue instigar a curiosidade e cativar o leitor com coisas leves.
FICHA TÉCNICA
Entre as Estrelas | Hold back the stars
Autora Katie Khan
Editora Bertrand Brasil
Publicado em 2017
Publicado em 2017
278 páginas
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