O primeiro documentário brasileiro da Netflix, isso já é motivo suficiente para despertar a sua curiosidade e a pessoa que protagoniza esse documentário, faz com que você sinta que uma hora de quarenta minutos de duração seja muito pouco. Laerte Coutinho é uma cartunista e chargista de origem brasileira, além de fazer um trabalho incrível com charges, Laerte assumiu sua transexualidade aos 57 anos.

Lançado no dia 19 de maio, Laerte-se fala sobre a aceitação e o ato de encarar a realidade de algo que ainda não é debatido o suficiente, a transexualidade. O documentário fala de forma muito natural sobre a aceitação e todos os desafios que Laerte encontrou ao começar a mudança, desde contar aos pais até decidir se põe ou não um belo par de seios.
A liberdade de ser quem você realmente é e a sensação de não ser julgado, vi muito disso no documentário e enquanto assistia, refleti bastante sobre o assunto e a carência que existe sobre esse tipo de conteúdo, como vai deixar de ser um tabu se a sociedade não conversa sobre transexualidade com naturalidade? Grande parte das charges abordam de formas diferentes o assunto, situações com um toque de humor e boas doses de reflexão, e a transformação de Laerte acaba refletindo no seu trabalho.

O documentário fica como mais que recomendado para aqueles que tiveram a curiosidade despertada, quando terminei de assisti, acabei sentindo como se tivesse faltando algo, não sei o que, mas faltou, esse sentimento não desmerece em momento algum o documentário, talvez seja só o gostinho de quero mais. Deixo como aviso que durante o documentário, vai ter algumas cenas de nudez, ou seja, tira as crianças da sala!

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