Primeiro ano de desafio | 101 em 1001

Nem acredito que já passou um ano! Não é como se não parecesse ter passado, na verdade, eu consigo sentir essa passagem de tempo em muitas c...


Nem acredito que já passou um ano! Não é como se não parecesse ter passado, na verdade, eu consigo sentir essa passagem de tempo em muitas coisas na minha vida. Muitas coisas não estão no mesmo lugar, muitas inseguranças foram finalizadas ou substituídas. Olhando para a lista com 101 metas, vem uma mistura de sentimentos. Nem preciso fechar os olhos para imaginar como eu estava me sentindo naquele momento. Estava triste, insatisfeita, em busca de esperança e com terapia toda quarta-feira. Honestamente, foi a melhor coisa que fiz por mim mesma em 25 anos de vida. Foi tempo demais dando um jeito de sobreviver a tanta coisa, tapando buraquinhos, fingindo não ver e não sentir várias coisas. Estava acostumada a me negligenciar. Bem injusto né?

Mas esse papo de terapia entra do nada aqui, pois, fazer essa lista de 101 objetivos, fez parte do processo da terapia. Estava em um momento em que não conseguia lidar com a ansiedade, e cá entre nós, também estava desesperançosa com o futuro. Entre os planos que fiz quando era uma criança, e as cobranças da vida adulta, percebi que faltou planejamento a longo prazo, faltou também mais atenção com as necessidades do presente. Eu não vivia o presente, e isso me dava ansiedade. Pensar em coisas que quero fazer, me fez pensar no presente, no agora, no que eu quero viver, nos próximos meses, onde me vejo e desejo estar. Tudo dentro de possibilidades reais, onde minha vontade e dedicação fossem o combustível.

Nesse ano de desafio, eu percebi que tenho uma visão de mim mesma tão injusta, tão díspar com a realidade. Listar essas metas foi o início dessa realização. Pude perceber que muitas vezes eu me coloco como obstaculo em situações, coloco resistências onde não cabem. E talvez a realização mais difícil de todas: nada na minha vida veio fácil, e nunca virá. Se eu não me esforçar e me dedicar, não haverá nada. E não é mais gratificante, de alguma forma, me ocupar com metas que fazem sentindo para mim? Em vez de escolher algo que seria relativamente mais simples, mas que me traria dificuldades de qualquer forma? No fim sempre haverá problemas, dificuldades e estresses, mas de alguma forma compensaria passar por tudo isso em busca de algo que faz sentido para mim, que esteja alinhado com meus propósitos... Faz sentido? Nos últimos meses essa reflexão tem feito morada em minha mente.

O desafio começou no dia 28/03/2022, lembro que após uma sessão de terapia eu comecei a pensar na lista. Achei que seria fácil, mas honestamente levei uns dias para pensar nesse tanto de coisa. E até o dia 28/03/2023 eu tinha realizado o total de 10 coisas da lista, 20 coisas em andamento, 3 desistências e 68 itens para serem realizados. Entre os itens realizados estão:

02. Fazer uma monografia da qual eu me orgulhe;

03. Continuar fazendo terapia;

33. Ler o livro de poesias da Lana del Rey;

34. Ir em uma festa de candomblé;

40. Ir em um festejo de Iemanjá no Rio Vermelho;

56. Ir ao cinema sozinha;

71. Visitar um sebo;

85. Zerar um jogo;

92. Passar uma semana sem comer carne;

96. Conseguir me encontrar com minhas amigas da oitava série;

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